A Parte Que Falta

A busca do autoconhecimento e da completude.

A história se dá por meio de um ser circular a quem falta uma parte. Perseverante e otimista, ele se lança no mundo a procura da parte que lhe falta. Durante a busca, começa a perceber que os seus relacionamentos são muito mais complexos e delicados do que pensava e que a felicidade está dentro dele, não no outro.

Com sua poesia hábil e sensível, Silverstein (autor) aborda neste livro a busca do autoconhecimento e da completude. A metáfora se dá por meio da história de um ser circular a quem falta uma parte. Otimista, ele se lança no mundo à procura de preencher esta lacuna. 

À medida que descobre o universo ao redor e também a si mesmo, percebe que as relações interpessoais são muito mais complexas e delicadas do que pensava e que a felicidade quase sempre está dentro de nós mesmos e não no outro. Uma prova de que a liberdade é o maior bem que podemos possuir. 

"A Falta Que A Falta Faz." Talvez seja esse um dos grandes segredos da vida: no dia em que deixarmos de buscar algo, significa que nada mais importa. Nesta estrada, que se chama vida, temos que prestar atenção no percurso, nas relações que nos envolvem, nos desafios que enfrentamos e nas vitórias que conquistamos.

O livro nos mostra as desventuras de um ser que se sente incompleto. O protagonista desta história é um ser circular que visivelmente não está completo: falta-lhe uma parte. Ele acredita que existe pelo mundo uma forma que vai completá-lo perfeitamente e quando estiver completo, vai se sentir feliz. Então, ele parte animado em uma jornada em busca de sua parte que falta. 

Apesar de ser um livro infantil, tem tudo a ver com o "mundo" adulto. Nesse livro, leitores de todas as idades vão se deparar com questionamentos sobre o que é o amor e o quanto dependemos de um relacionamento para nos sentirmos plenamente felizes. O livro é especial, principalmente, para as pessoas que se sentem meio tristes e inquietas, por acharem que algo lhes faltam. 

De forma consciente ou não, estamos sempre correndo atrás da parte que nos falta. Nos sentimos incompletos até encontrarmos algo que nos completa. Mas, será que somos incompletos?

Todos nós, em algum momento, sentimos a necessidade de nos preencher de algo, e as vezes, nessa fase de busca, não somos elegantes, nem maduros, e queremos fazer caber algo em nossa vida que nitidamente não nos preenche, não nos completa.

"Oceanos, pântanos e matagais; nenhum terreno é obstáculo para ele e sua canção. " - O livro nos ensina o exercício da perseverança.

Tão real, né? Viver deixa marcas boas e ruins. A vida é assim ... uma busca pelo preenchimento de algo que parece tão distante. O círculo sai rolando por aí em busca da parte que ele acha que está faltando para se sentir completo e feliz. Mas ele já era feliz "incompleto" . Depois que li o livro, comecei a me questionar: Qual a parte que me falta? O que farei quando e se eu a encontrar?

Percebi que estava passando muito tempo preocupada com o que faltava em minha vida e não percebia que as coisas que aconteciam no meu dia a dia podiam me fazer feliz. 

Descobri que a felicidade não depende do que nos falta e a vida é repleta de boas surpresas. Comecei a me descobrir todos os dias e preencher os meus vazios diários... amanhã terei uma nova lacuna para preencher, para me completar!

Tudo bem se faltar alguma coisa, no caminho tem sempre algo que pode nos surpreender, encantar e até fazer a gente parar por um momento. Percebi que a gente perde tanto tempo procurando algo que achamos que vai nos fazer feliz, que esquecemos que a felicidade não é o destino, é o caminho.

Esse livro completou o meu ciclo de transformação emocional e vou além, até espiritual. Aprendi que as pessoas chegam em nossa vida trazendo novas experiências e percepções. Esses encontros são uma forma de aprendizado. Hoje, sei que alguns relacionamentos, mesmo os breves, tem algo a nos oferecer: uns trazem alegrias 😊, outros deixam saudades 😕 e até tristezas 😔... Mas, as vezes o nosso vazio, só se preenche com um pouco de nós mesmos.

"Faltava-lhe uma parte. E ele não era feliz."